Bons acabamentos para os móveis proporcionam visuais modernos e elegantes aos ambientes. Porém, a escolha não está atrelada apenas à questão estética, mas também à durabilidade do mobiliário planejado para o cômodo.
No caso das cozinhas, o cuidado com os acabamentos acompanha pontos específicos como o contato direto com a água e a ampla exposição à gordura e odores. “Por isso, precisamos assegurar o uso de materiais que ofereçam garantia de segurança e facilidade de limpeza”, revela a arquiteta Júlia Guadix.
Contudo, diante da ampla gama de matérias-primas que possibilitam uma infinidade de efeitos e cores, a definição pode não ser uma tarefa tão simples.
Na avaliação da profissional, o acabamento certo influencia em uma rotina mais tranquila e segura aos moradores. “Quinas das portas e puxadores cortantes são superperigosos, ainda mais na cozinha, um espaço onde realizamos movimentos rápidos. Um bom projeto, aliado ao uso de materiais resistentes e bem acabados facilita a vida”, enfatiza.
1. A escolha dos acabamentos
Com tantas variedades de acabamentos para os móveis de cozinha – como do MDF, pintura, vidro, laminado, aço escovado, entre outros –, é preciso analisar com calma aquele que faz mais sentido para o projeto.
Quando a proposta é compor com ares de sofisticação, a laca é muito bem-vinda por seu efeito liso e acetinado, com quinas levemente arredondadas. Já o laminado, que aparenta ser de madeira maciça, possui um custo-benefício melhor e pode ser executado em MDF ou MDP.
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Em seus projetos, Júlia costuma dar preferência ao MDF com acabamento melamínico, pois são mais resistentes. E como forma de promover um destaque equilibrado, ela aponta sua preferência por trabalhar com mesclas entre cores lisas e foscas com nuances de amadeirado.
“Quando o projeto demanda uma cor que não faz parte dos catálogos de MDF, o caminho é buscar as folhas de melamina, popularmente conhecidas como fórmicas, que dispõem de mais variedade. Em última instância, recorro às lacas, que são lindas, mas que necessitam de um cuidado maior, pois são sensíveis a riscos e danos ocorridos por batidas”, comenta a profissional.
2. Como fazer a escolha
Júlia ressalta que a definição dos materiais utilizados depende também das referências passadas pelos moradores. “Procuro analisar as características de meus clientes. Sempre observo se são mais ou menos ousados e as preferências na paleta de cores. Também considero que o acabamento deve se conservar bem por, pelo menos 10 ou 15 anos”, destaca.
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Com relação às cores, a arquiteta ressalta a importância de acompanhar o estilo decorativo proposto para a cozinha. Em um viés industrial, o caminho indicado é trabalhar com tons de cinza, branco e amadeirados para aquecer o ambiente.
Em um clima mais puxado para o farmhouse, as nuances de branco, offwhite e a madeira são boas escolhas. “Para que o cliente não se canse de cores mais intensas, damos preferência para aplicá-las em elementos menores e que possam ser facilmente substituídos no futuro”, acrescenta.
3. Cores nos móveis
A cor do acabamento é um dos tópicos mais relevantes quando se trata de móveis de cozinha. A afirmação leva em conta a adição de vida, alegria e personalidade ao cômodo! E como cada uma transmite uma sensação diferente, o profissional de arquitetura promove uma ‘alquimia’ no projeto que coopera com as missões de ampliar, encurtar ou alongar o tamanho do ambiente.
Considerando que a resolução acolhe uma preferência pessoal, algumas se harmonizam melhor na cozinha, deixando tudo mais sofisticado e elegante. Atualmente, cores outonais em tons terrosos como laranja, amarelo queimados e verde oliva estão super em alta. Júlia ainda dá uma dica para incrementar a decoração do móvel.
“Trazer elementos retrôs, como detalhes almofadados nas portas e puxadores conchas charmosos em tons de preto e dourado fazem bastante sucesso nos projetos”.
4. Dicas úteis
Para que a cozinha resulte em um visual equilibrado, os revestimentos das paredes e do piso devem ser coordenados com os móveis com base nas cores, texturas e desenhos, trazendo harmonia para o ambiente. Com um olhar na rotina cotidiana, Júlia realça a relevância em escolher acabamentos simples de limpar, como o MDF, que demanda apenas esponja e detergente neutro, além de não arranhar e descascar.
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